Washington, 19 ago (EFE).- Os Estados Unidos concluíram nesta quinta-feira a retirada das tropas de combate do Iraque e prepara um novo capítulo com a chamada operação "Novo Amanhecer", apesar do país ainda enfrentar surtos de violência e o desafio de formar um novo Governo.
A retirada da última brigada militar dos EUA no Iraque aconteceu muito antes do prazo fixado pelo presidente Barack Obama para o fim das operações de combate no país árabe, anteriormente previsto para o dia 31 de agosto.
Hoje, antes de partir de férias rumo a Martha's Vineyard, Obama instou o Congresso a aprovar uma lei de ajuda para a pequena empresa. No entanto, não citou a saída das tropas do Iraque em suas declarações na Casa Branca.
Também foi divulgado hoje que a retirada militar, na realidade, começou há alguns dias antes, mas por razões de segurança as autoridades militares esperaram até a saída da última brigada para anunciá-la.
Salvo um que outro veículo estragado e o cruzamento com algum camelo, o último comboio da Quarta Brigada Stryker da Segunda Divisão de Infantaria começou sua retirada rumo ao Kuwait na madrugada desta quinta-feira sem nenhum incidente, apesar dos temores de que houvessem minas semeadas nas estradas.
Imagens da televisão americana mostravam a chegada emotiva de centenas de soldados à base aérea de Lewis McChord, no estado de Washington. Ali eles foram recebidos por amigos e familiares, entre abraços, bandeiras americanas e música patriótica.
Dos 56 mil soldados ainda no Iraque, 6 mil sairão até o dia 1º de setembro, quando começa a chamada operação "Novo Amanhecer", na qual 50 mil soldados americanos participarão de tarefas de estabilidade, assessoria, capacitação e apoio às Forças de Segurança iraquianas.
Esses soldados, no entanto, estarão prontos para missões de combate, caso necessário, explicou o Pentágono.
O porta-voz do Pentágono, Bryan Whitman, disse que seria um erro "dizer que a missão de combate chegou a seu fim devido à retirada desta brigada", porque ainda resta trabalho a fazer.
A ideia de Washington continua sendo que as tropas dos EUA ajudem às forças iraquianas a assumir suas próprias tarefas de segurança.
Em Bagdá, o porta-voz das tropas americanas no Iraque, o major-general Stephen Lanza, disse hoje à rede CBS que as Forças de Segurança iraquianas estão prontas para tomar o controle da segurança assim que as tropas americanas deixarem o país.
Lanza explicou que os Estados Unidos continuarão apoiando as operações antiterroristas e às equipes de reconstrução no desenvolvimento e na capacitação civil e das instituições, e continuarão respaldando as Forças de Segurança iraquianas "até que nossa missão termine em dezembro de 2011".
O líder da maioria democrata do Senado, Harry Reid, elogiou "o heroísmo, a coragem e a dignidade" das tropas, e prometeu manter o apoio aos soldados que ficam no Iraque.
A retirada aconteceu exatamente sete anos e cinco meses depois que o então presidente George W. Bush lançou a invasão dos EUA no Iraque no dia 19 de março de 2003, com o argumento de que o Governo de Saddam Hussein possuía armas de destruição em massa.
Nessa ocasião, Bush disse que o objetivo era "desarmar o Iraque, libertar seu povo e defender o mundo de um grave perigo", e assegurou que a campanha militar não seria realizada pela metade.
Mas a saturação da opinião pública nos EUA contribuiu para a vitória eleitoral de Barack Obama em 2008, que prometeu um fim à guerra.
Durante um ato político em Ohio na quarta-feira o chefe da Casa Branca disse que estava cumprindo essa promessa e que a "missão de combate no Iraque" terminaria no fim desse mês.
Nos últimos 18 meses, segundo Obama, mais de 90 mil soldados americanos saíram do Iraque.
Deixando o simbolismo de lado, a saída das unidades de combate também traz uma sensação de alívio para os milhares de soldados que, inclusive, tiveram que repetir seus turnos no país.
A Guerra do Iraque deixou mais de 4,4 mil soldados americanos mortos, além das dezenas de milhares de iraquianos que perderam suas vidas.
Fonte: Google Notícias
Comentário: Já estava mais que na hora do governo americano tomar essa providência, os motivos que eles deram para estar no Iraque eram muito banais e já não enganavam mais ninguém, sem contar que com a guerra o país está em ruínas. A devastação e a fome são de enlouquecer. Retirar suas tropas era o mínimo que os Estados Unidos deveriam fazer.E bem ou mal pelo menos o presidente esta cumprindo com o que disse,Já que supostamente muitos políticos não fazem.
Por: Klyslene Cardoso Nº 25